sexta-feira, 20 de maio de 2016

Portugal Roadtrip - Um roteiro gastro-ostentação


Há algum tempo que eu queria fazer essa viagem. Duas semanas, de carro, percorrendo algumas regiões do norte e centro de Portugal. 
"Mas vai pra Europa e vai ficar só em Portugal?"
Era a pergunta que eu mais escutava quando comentávamos da pretensão de fazer esse roteiro. É incrível o preconceito que os brasileiros que não conhecem Portugal tem com o país. Sempre rebaixado a periferia da Europa pelos ignorantes, Portugal vem ganhando destaque nos rankings de melhor destino para turistas nos últimos 5 anos. 


Isso fica muito claro quando você chega por lá. Incontáveis turistas de todas as partes do mundo perambulam pelas ruelas e lotam os bares, restaurantes e as filas dos monumentos do país. 

Voltando a nossa viagem, compartilhamos nossa ideia de roteiro com alguns amigos e convencemos um casal amigo, bebedor e comedor feito a gente, a embarcar na aventura conosco. 

Não se espantem com a quantidade de vezes que eu falar de restaurante, vinhos e comidas durante o roteiro. Eles foram os protagonistas da viagem. 

Bora lá:

Dia 1 - Chegada e passeio pela região da Avenida Liberdade

O tradicional vôo da TAP que faz a rota Recife-Lisboa direto agora tem um novo horário. Antigamente, o vôo saia as 23h e você tinha a noite toda pra dormir nas confortáveis poltronas da classe econômica. Outra vantagem era o horário da chegada, que facilitava a entrada nos hotéis. O vôo agora sai as 18h30 e durante 6h50 atravessa o Atlântico chegando em Lisboa as 6h da matina fudendo sua vida. Pra quem quer descansar, recomendo pegar um hotel um dia antes da chegada para garantir o check-in quando chegar.




Como a gente é highlander e não precisa dessa frescura de dormir, começamos a beber já na sala de embarque. Um vinhozinho no duty free antes de embarcar para embalar o sono.

Chegamos cedo e fomos direto de taxi ao Ibis Liberdade, nosso hotel em Lisboa. O hotel é muito bem localizado e tem o padrão Ibis de qualidade, ou seja, sem surpresas. Deixamos as malas por lá e fomos tomar o primeiro café da manhã (ou pequeno almoço como eles falam) lisboeta. Comemos na Pastelaria Coimbra que fica bem perto ao hotel. Comida boa mas nada fora do normal. 




Saímos e fomos direto a praça Marquês do Pombal, que fica bem no meio entre o Parque Eduardo VII e a Avenida Liberdade. Subimos pela entrada do Parque até um local onde temos uma vista muito bonita de toda a Liberdade.

Descemos logo em seguida e caminhamos por toda a Avenida Liberdade. Todas as lojas de grife e os hotéis chiques estão espalhados pela sua extensão. Tudo muito limpo com calçadas largas e muito verde. É tipo a Conde da Boa Vista.





Já chegando na Praça dos Restauradores, do lado direito, avistamos um bondinho que nos levaria ao Miradouro de São Pedro de Alcântara. O miradouro é lindo e astral. Tem uma feirinha com algumas barracas vendendo comidas, artesanato e bebidas e a vista é maravilhosa. Paramos e tomamos a primeira cerveja delícia.




Com a bateria recarregada, descemos e caminhamos pela Praça dos Restauradores, Praça do Rossio (onde compramos um chip da Vodafone que nos guiou por toda a viagem), Rua Augusta até chegar, depois de atravessar o arco, a Praça do Comércio.

Já com bastante fome, pegamos um Tuk-Tuk que nos levou ao Solar dos Presuntos  para o primeiro almoço ostentação. Meus pais viajam com frequência para Lisboa e sempre falavam como é bom esse restaurante. Eles tinham razão. Comemos um risoto negro e um bacalhau no forno. Os pratos são grandes (o risoto dá pra 3 pessoas) e deliciosos. Recomendo fortemente. 


 


A tarde subimos para o Chiado (bairro alto) até a rua Garret e caminhamos por todas as ruazinhas ali de cima. Já era quase noite quando aportamos no Garrafeira Alfaia, o famoso Bar do Pedrão. O Pedrão é uma simpatia e seu bar é muito pequeno mas bem aconchegante. Tomamos vinhos e petiscamos bastante pra fechar o dia exaustos. O Pedrão sabe tudo de vinho. Vá na dica dele sem medo.


Dia 2 - Belém, Bonde 28 e Mercado da Ribeira

A manhã do segundo dia foi reservada para um passeio em Belém, que fica na região metropolitana de Lisboa. Pegamos um trem no Cais do Sodré com direção ao nosso destino e chegamos lá com menos de 30 minutos. Como não tínhamos tomado café, fomos diretamente a famosa casa Pasteis de Belém onde se faz o doce "original".





















A casa é linda e a comida muito boa. Não se assuste com a fila na porta. Muita gente compra o doce na entrada para comer fora do restaurante o que faz a fila se formar. No entanto, o lugar é enorme e se você quiser uma mesa para comer com calma, não vai encontrar dificuldade de sentar.

Após o delicioso café, seguimos direto para o Mosteiro dos Gerônimos que fica bem próximo ao restaurante. A visita vale muito a pena. Compramos o ingresso combinado com a Torre de Belém que visitamos logo após sair do Mosteiro e passar pelo Padrão dos Descobrimentos, outro monumento (esse é gratuito) que vale a pena visitar.
Turismo da manhã feito, era hora da bicada. Pegamos o trem da volta e seguimos direto para a Cervejaria Ramiro. A Ramiro vai ser bem fácil de achar: vai ter, independentemente da hora que você for, uma fila na porta. O bom é que você pode beber na fila e o chopp custa 1,20 euros. O forte são os frutos do mar com destaque para o camarão tigre. Tomamos uns 50 chopps, alguns vinhos verdes e saimos no brilho em direção a praça Martin Moriz que fica bem ao lado.




A praça estava bem cheia e paramos para tomar mais uns vinhos olhando o movimento. É dessa praça que sai o Elétrico 28, bonde que faz um percurso bem legal pela cidade. Pegamos o bonde e saltamos perto da descida para o Mercado da Ribeira, o nosso próximo destino.

O Mercado foi recentemente reformado e está lindo. Muitos quiosques de comidas e bebidas e vários locais para sentar e desfrutar das delícias. Comemos e bebemos demasiado. Dica: Cartuxa a 14 euros e um vinho chamado Cem Reis a 18 na Garrafeira Nacional. Teoricamente não pode comprar o vinho lá e beber dentro do mercado. Mas... somos brasileiros, né?



Dia 3 - Sintra

Nesse dia decidimos conhecer Sintra, uma cidadezinha que fica a menos de 30km de Lisboa. Pegamos um trem (ou comboio) na estação do Rossio e descemos em Sintra em cerca de 30 minutos. A cidade é muito bonita e as atrações principais são o Palácio da Pena e o Palácio Nacional. Tivemos a infeliz ideia de ir até o Palácio da Pena subindo a pé pelas trilhas e ruelas da cidade. Não façam isso! É cansativo e bem longe. 

O ideal é pegar um ônibus ou um dos inúmeros carros, tuk-tuks, conversíveis ou elétricos que ficam perambulando no centro da cidade. O esforço valeu a pena pois o palácio é lindo e a vista deslumbrante.

Descemos de buggy e fomos direto almoçar no restaurante Incomum. Comemos as melhores vieiras da vida e um pato divino. Recomendo demais. Depois da fartura ainda fomos visitar o Palácio Nacional que fica bem no centro. Vale a pena mas o da Pena é muito mais legal.





Ainda tentamos comer os famosos travesseiros de Sintra, um doce bem típico feito de ovos (como 120% dos doces portugueses), mas o Periquita, local mais tradicional que vende a iguaria, estava super lotado. Demos mais uma andada pra fazer hora e esperar o trem da volta mas já estávamos bem cansados.

Já em Lisboa, fomos jantar no Sea Me, uma peixaria modernosa que fica no Chiado. Eles são uma mistura de peixaria com restaurante japonês. O lugar é super bacana e bem lotado. Sugiro fazer reserva. A comida é fantástica. Comemos várias entradas de vieiras, atum e camarões tigre sempre regados a belas garrafas de vinhos da região.




Dia 4 - Óbidos e Chegada no Porto

Dia de pegar nosso carro alugado pela Rentalcars e seguir viagem. Depois de vários contratempos com o processo de retirada do carro, partimos em direção ao Porto com uma deliciosa escala em Óbidos. Óbidos é uma cidade medieval, toda murada e muito charmosa. Por ser bem pequena, você anda a cidade inteira a pé. São várias ruelas cheias de lojinhas, cafés e bonitas casas de pedra.




Chegamos tarde e tentamos almoçar em alguns restaurantes recomendados como o Tasca TortaCasa da Rainha e a Casa de Ramiro mas todos fechavam as 14h30 e perdemos o bonde. Comemos no Conquistador mas a comida estava muito normal (não estava ruim, mas não recomendo).

Andamos por toda a cidade, tomamos a Ginjinha de Óbidos que é uma espécie de licor tradicional de lá e fizemos algumas comprinhas antes de partir para o Porto.

Chegamos ao Porto já a noite e deixamos o carro no nosso hotel, o Moov. O hotel é bem novo e tem o mesmo estilo do Ibis sendo um pouco mais moderno. A localização é bem boa pois fica bem no centro. Recomendo o hotel sem o café da manhã que é caro para o que oferece. 

Terminamos a noite no Wine Quay Bar, um bar com uma varanda e vista para o Douro onde tomamos vinhos e comemos tapas. Recomendo para quem não quer jantar e ficar só tomando bicada, petiscando e olhando para a belezura do rio.




Dia 5 - Porto - Centro, Cais da Ribeira

Dia de explorar a cidade do Porto. Começamos o passeio pela região da Avenida dos Aliados passando pela Igreja da Trindade, Torre dos Clérigos, Passeio dos Clérigos, Livraria Lello - que é considerada uma das livrarias mais belas da europa -, Igreja dos Carmelitas e Igreja do Carmo (são coladas). O calor estava grande e voltamos caminhando até o Café Majestic, o café mais famoso da cidade.



O Café é lindo e lembra a Confeitaria Colombo do Rio e o Café Tortoni em BsAs. Comemos uma rabanada deliciosa, eu tomei um champagne fofucho antes de irmos logo em seguida para o Lado B, local que garante ter a melhor francesinha do mundo. A francesinha é um sanduíche light de carne com um ovo em cima e um molho que parece ser de tomate. A parada é muito boa. 



De bucho cheio, descemos em direção a estação de trem do Porto que tem um painel lindo de azulejos. Seguimos para a Igreja de Santa Clara e Muralha Fernandina que ficam bem perto da estação. Descemos até o Cais da Ribeira onde paramos nos bares da orla para descansar e tomar bicada. Ficamos lá olhando o movimento das pessoas e do rio por um bom tempo antes de voltar pro hotel e sair pra jantar.

O jantar foi no Cafeína que fica perto da foz do Douro. O restaurante é super bonito e eu recomendo fazer reserva. Comemos uma entrada de fois gras que estava fantástica além dos nossos pratos de filé Wellington e Chateaubriand que estavam igualmente fodas.




Dia 6 - Porto - Foz do Douro, Vila Nova de Gaia

O dia amanheceu lindo e decidimos alugar uma bike e percorrer a margem do Douro até a sua foz. Antes disso, passamos no mercado do Bolhão para comprarmos umas frutas. O mercado não é bonito e não tem nada de atrativo.

Alugamos as bikes numa loja perto do Cais da Estiva e partimos pela margem. Não existe bem uma ciclovia no percurso mas as calçadas na maior parte do percurso são largas e dá pra pedalar legal. Andamos mais ou menos 30 minutos até chegar na foz do rio Douro onde começam as praias. É um passeio muito legal e eu recomendo bastante.





Voltamos e fomos direto para o outro lado da Ponte onde fica Vila Nova de Gaia, o local onde os vinhos do porto são envelhecidos. Paramos na Taberninha do Manel para almoçarmos e repor o álcool do corpo. Os bolinhos de bacalhau e os risoles do Manel são muito bons e seus garçons são super simpáticos. Comemos um bacalhau na nata e partimos para conhecer as caves da Graham's. 



A Graham's não fica bem a margem do rio e precisa andar subindo um pouco pelas ruas de Gaia até chegar lá, mas a subida compensa. A cave é linda e a vista do Porto a partir de lá é fantástica. Fizemos o tour com degustação e no final ficamos na varanda apreciando um belo vinho do porto e a paisagem.

Pegamos o teleférico até a Ponte e terminamos a noite em um pub assistindo jogo de futebol e comendo uma pizza.

Dia 7 - Guimarães e Braga

Tiramos o dia para fazer um bate-volta nas cidades de Guimarães e Braga que ficam nos arredores do Porto. É um passeio que vale a pena e dá pra fazer tranquilo as duas cidades se você estiver de carro.

Guimarães foi nossa primeira parada. A cidade é pequena e muito bonitinha. Paramos o carro em um estacionamento embaixo de um pequeno shopping e saimos andando pela cidadela em direção ao Castelo de Guimarães. Antes paramos pra tomar café e comer doce com ovo que já estava com saudades. O caminho até o castelo é bem bacana e o castelo em si também vale a visita.



Pegamos o carro e antes de irmos a Braga, paramos no Santuário do Bom Jesus do Monte que fica no distrito de Tenões. O Santuário é de cair o queixo. Realmente muito bonito e com uma escadaria suntuosa. Vale total a visita.




Chegando em Braga, fomos direto ao restaurante Tia Isabel almoçar. O restaurante fica numa galeria sem charme e na periferia da cidade. Aparentemente você não daria nada por ele. Mas vá por mim, Tia Isabel é uma danada. Comemos um polvo grelhado e o melhor cabrito que comi na viagem inteira. Muito bom.




Em Braga a chuva apertou e atrapalhou um pouco nosso passeio. Mas caminhamos pelo centro e pelas belas igrejas da cidade. O passeio como um todo foi massa.

Voltamos ao Porto e fomos jantar no Cantinho do Avillez do famoso chef Jose Avillez. É uma opção mais barata para conhecer a comida do chef do que o Belcanto, restaurante premiado com duas estrelas Michellin em Lisboa.

Estava bem lotado e confesso que esperava mais da comida. Acho que erramos os pratos e fiquei com vontade de voltar e experimentar outras coisas. O bartender é foda. Pedi um negroni que estava perfeito. 




Dia 8 - Amarante, Vila Real e Peso da Régua

O destino agora seria a região do Douro, onde estão algumas das melhores Quintas que produzem os vinhos do país. Nossa primeira parada foi em Amarante, uma cidadezinha bem pequena e bem bonita. Deixamos o carro e fomos caminhando pelas ruelas em direção a Ponte de São Gonçalo, cartão postal da cidade que corta o Rio Tâmega. 

Nessa cidade está localizado o hotel Casa da Calçada, considerado um dos melhores de Portugal. O hotel tem um restaurante com 1 estrela Michelin mas preferimos não almoçar por lá. Antes de partir, paramos na Confeitaria da Ponte, uma doceria linda a margem do Rio com uma infinidade de doces (de ovos, claro). Abastecemos o colesterol e partimos em direção a Vila Real.




A essa altura a chuva estava bem mais forte e nosso destino em Vila Real foi direto para o restaurante Cais da Villa. O restaurante é lindo e tem uma adega recheada. Por sugestão da casa, pedimos 2 joelhos de porca para o almoço. Estava uma delícia mas foi um exagero. Um prato de joelho dá pra 4 pessoas tranquilamente.




Abastecidos, fomos em direção ao Palácio de Mateus, a principal atração de Vila Real. O local é muito lindo e tem visitação pelos jardins além do próprio interior da Casa. Vale demais a visita.




Finalmente partimos em direção a nossa Quinta que iria nos hospedar pelos próximos dois dias. A Quinta do Vallado é simplesmente fantástica como produtora de vinho e como hotel. Quartos super confortáveis, atendimento impecável e lugar privilegiado. Recomendo 200% se hospedar por lá quando quiser visitar a região do Douro. Fica na região da cidade de Peso da Régua.




Ficamos desfrutando da delicia do hotel, tomando vinho até a hora do jantar que foi na entrada da cidade de Peso da Régua no restaurante Castas e Pratos. O restaurante fica numa antiga estação de trem. É belíssimo e tem uma comida também muito boa. Comemos arroz de pato que também era um prato enorme que dá pra 3 ou 4 pessoas. E tomamos vinho. Lógico.




Dia 9 - Quinta do Pégo, Quinta do Seixas 

Dia de conhecer algumas das quintas da região. A primeira parada foi a Quinta do Pégo que possui também um dos melhores hotéis da região. A Quinta não tem visitação a caves mas fizemos degustação na lojinha e compramos alguns vinhos. 




A segunda parada foi a Quinta do Seixo onde o famoso vinho Sanderman é produzido. Fizemos a visita guiada (apenas nós 4) e foi muito bacana. No final, estacionamos em uma varanda espetacular e apreciamos os vinhos da casa com uma vista de cair o queixo.

Voltamos a nossa Quinta para mais um tour guiado, agora dentro da própria Quinta do Vallado. Mais uma degustação de vinhos e já estávamos no brilho para jantar no próprio hotel que também tem um restaurante muito bom.





Dia 10 - Lamego, Pinhão

Dia de visitar o restinho da região. Fomos a Lamego, uma das cidades vizinhas com um belo castelo e o famoso Santuário de Nossa Senhora dos Remédios. Logo após descemos para Pinhão, vilarejo minúsculo onde iríamos nos hospedar para mais duas noites. 

Ao chegar em Pinhão ainda antes do almoço, percebemos que ficar por ali ainda mais um dia seria um desperdício de tempo. 2 a 3 dias na região é suficiente para conhecer tudo (tomando como base a cidade de Peso da Régua). O hotel que reservamos (LBV House) também nos decepcionou e acelerou a decisão de só ficar um dia e partir para a Serra da Estrela logo em seguida. 




Pinhão tem uma estação de trem linda e é de onde saem os passeios de barco pelo Douro. Como estava chovendo, desistimos do passeio e ficamos fazendo hora para irmos jantar no DOC, restaurante do Rui Paula na beira do Douro.

Comemos o menu degustação e estava tudo muito bom. O restaurante é bem caro mas a experiência vale a pena. A carta de vinhos tem 645 rótulos o que complica na hora de escolher. Peça ajuda ao sommelier e seja feliz.




Dia 11 - Serra da Estrela - Covilhã

Dia de pegar a estrada com direção a Serra da Estrela. Primeira parada foi em Covilhã, cidadezinha que fica no pé da serra. Carro estacionado, pega a reta para a Taberna Laranjinha, uma taberna simples, mas com uma comida caseira e bem gostosa. Vinhos baratos e atendimento simpático. Visitamos o centro com destaque para Igreja Santa Maria Maior que é toda recoberta de azulejos. Coisa linda de se ver.



Voltamos a estrada em direção ao nosso hotel que ficava em Manteigas, outra cidade dentro do parque nacional da serra. Antes do destino, decidimos subir até a torre, onde fica o ponto mais alto da serra que é também o ponto mais alto de Portugal. O frio estava muito grande e ainda tinha muita neve lá em cima.

Descemos um pouco a serra (muito cuidado na estrada. cheia de curvas e estreitíssima) e fomos a Casa das Penhas Douradas, nosso hotel. Coisa fina. Lindo, super aconchegante e chique, do jeito que eu gosto. Aproveitamos o hotel, a sauna, a piscina aquecida antes de jantarmos no restaurante do próprio hotel que era muito bom.




Dia 12 - Belmonte, Sortelha e Sabugueiro

Dia dedicado a visitar as cidades dos arredores da serra. Aportamos logo de manhã em Belmonte, cidade onde nasceu Pedro Álvares Cabral. Fomos ao Museu do Descobrimento que conta do jeito deles a história do "achamento" do Brasil. O museu do meio pro fim é quase uma homenagem ao nosso país. Muito bom.

Museu visto, hora do rango molhado. Fomos ao restaurante da Pousada do Convento de Belmonte. O local é lindo e é pilotado por um chef curitibano que já mora a mais de dez anos em Portugal. Comi um carré de cordeiro divino e o pessoal pediu javali e perdiz que também estavam ótimos.




A tarde visitamos o Castelo de Belmonte e tivemos a sorte de pegarmos a exposição da carta original de Pero Vaz de Caminha. Aquela que ele relata o descobrimento do Brasil. A carta só saiu duas vezes do arquivo onde fica guardada e essa foi uma delas.

Belmonte dado por visto, seguimos para Sortelha. Uma vila minúscula, toda murada, com uma população de 6 pessoas. Parece um set de filmagem. Tudo deserto até acharmos um bar (As Boas Vindas) dentro das muralhas que nos serviu um conhaque Beirão e algumas cervejas. 




Descemos a serra por dentro, numa estrada linda, em direção a Sabugueiro, nossa última parada. Paramos no Martins para comprarmos o famoso queijo da serra, doce de abóbora e comer algo. O restaurante é bem simples mas a simpatia da da sua dona é ímpar. Nos serviu vários licores e queria nos entupir de comida. Comemos e partimos para dormir nossa última noite na serra.




Dia 13 - Fátima e Lisboa

Dia de voltar pra Lisboa para desfrutar do último dia de viagem. Paramos na cidade de Fátima no caminho onde visitamos o santuário onde, garantem os fiéis, a Nossa Senhora tinha aparecido. A cidade estava bem cheia e, apesar de "infiel", pude sentir uma energia bem boa daquele lugar. Vale a visita.




Chegamos em Lisboa, entregamos o carro e fomos direto visitar o Castelo de São Jorge, última turistada da viagem. Vista linda, castelo visto... #partiumercadodaribeira.

Encontramos mais um casal amigo e ficamos bebendo e comendo até dar a hora de jantar... 

O último jantar da viagem foi no restaurante As Salgadeiras, considerado um dos melhores para comer bacalhau em Lisboa. E de fato o restaurante vale a fama. Bacalhau delicioso e chef muito simpático. Mortos, exaustos e gordos, voltamos pro hotel para a última dormida na cidade.




Veja abaixo o mapa com os pontos de interesse :



Veja as fotos da viagem aqui


15 comentários:

  1. Gostamos muito das dicas da viagem de vcs.

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  2. Adorando suas dicas! Estou indo agora para Portugal! Também amo comer e beber! Arrasou no blog e nas dicas!

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  3. Adorei as dicas. Vou em setembro e já anotei todas as dicas. Obrigada.

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  4. Suas dicas de restaurantes serão muito úteis. Parabéns, linda viagem.

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  5. Obrigado Nival. Manda dicas pra gente também

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  6. Ola. A viagem de voces deve ter sido maravilhosa. Parabens. Vou para Portugal dia 01/11 e volto dia 12/11 para o Brasil. Acho que vai dar pra fazer todos os caminhos que vocs fizeram. O que voce recomenda para se fazer praticamente em 11 dias? Obrigado

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  7. Oi Ro, tudo bem? Em 11 dias eu diminuiria 1 dia na Região do Douro e 1 dia na região da Serra da Estrela. Depois manda dicas de como foi a sua.

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  8. Muito interessante o seu roteiro; acho que para duas semanas está ótimo. Parabéns. Estou pretendendo ir no ano que vem com duas amigas, vamos ver se dá certo. Obrigada.

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  9. Olá! Adoramos o roteiro de voces!!Uma pergunta: voces tinham todas as reservas de pousadas feitas com antecedencia?

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    1. Olá. Que bom que gostaram. Todas as reservas foram feitas com antecedência pelo booking

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  10. Muito legal as dicas , vou agora em abril, vou com minha esposa ficar 10 dias. Se incomoda se eu repetir exatamente o seu roteiro ?

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