terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Nova York 2014: O Retorno

O roteiro-relato que fiz da nossa primeira viagem a NY foi tão elogiado que resolvi postar o roteiro da segunda viagem que fizemos a nossa cidade preferida. Dessa vez fomos no final de maio de 2014 pra fugir um pouco do frio. Essa época do ano esperávamos pegar o final da primavera e o tempo começando a esquentar, mas na realidade, pegamos um calor muito grande praticamente todos os dias. Essa é uma época que também chove bastante o que pode prejudicar alguns passeios. No geral achei melhor o astral da cidade nessa época. O sol faz bem aos novaiorquinos e consequentemente aos turistas que lá estão.


Como toda segunda viagem, fizemos menos lerês (programas considerados "turistais"), mas ainda sim, não tem como fugir de alguns. Aproveitamos também para visitar alguns locais que ficaram de fora da última vez, novidades (que sempre iremos encontrar em NY) e restaurantes. Muitos restaurantes.

Bora nessa:


Dia 1: Chegada, Acomodação e "Passeio de Leve"

Dessa vez chegamos em JFK, o aeroporto mais movimentado de NY. Fica um pouco mais longe do que o La Guardia, mas mesmo assim optamos pelo táxi para ir pro hotel. A corrida é meio que tabelada e vale a pena pagar pelo conforto e rapidez. Fomos direto ao Wyndham New Yorker, nosso hotel que ficava na 481 Eighth Ave. O hotel não é lá uma maravilha mas também não é ruim. Fica bem perto do Madison Square Garden e do furdunço da Time Square. Bom pra quem vai a NY pela primeira vez. Das próximas, voltaremos a ficar mais pra cima, onde o tumulto é menor.

Nosso check-in ainda não estava aberto então deixamos as malas no hotel e fomos dar uma caminhada pelas redondezas. Demos algumas voltas pelos quarteirões vizinhos e voltamos ao hotel pra tentar novamente fazer o check-in. Dessa vez fomos liberados. Após largar as malas no hotel e tomar um banho rápido, subimos para a primeira experiência gastronômica da viagem. O restaurante 2 estrelas Michelin, Marea. Fica na avenida bem ao sul do Central Park. Almoçamos maravilhosamente bem a um valor bem em conta levando-se em consideração o nível do restaurante. O segredo é ir no almoço. Comi um fusili com polvo e tutano. Combinação estranha porém excepcional. Recomendo 100%.

Após o almoço, aproveitamos para andar pela 5th Avenue e fazer umas comprinhas básicas.

Nesse dia jantamos no Shake Shack, uma hamburgueria super famosa que faz fila na porta. A fila faz jus ao nível do hambúrguer. Perfeito. O inconveniente é realmente a quantidade de gente e os poucos lugares para sentar. Hoje acho que são 5 espalhadas por NY. Vale muito a pena.

Dia 2: High Line Park, Chelsea e Meatpacking Districk

Aproveitamos a proximidade do hotel The Standard ao High Line Park, que era passeio da manhã, para tomarmos café no The Standard Grill, um dos restaurantes desse hotel que é fantástico. O café da manhã estava perfeito. Ovos benedict, waffles, frutas, panquecas... tudo muito bom. O lugar é super chinfra e bacanudo. Voltaria muitas vezes para conhecer os outros ambientes. Dizem que o rooftop é massa para um drink no final do dia.

Finalizamos o café e subimos ao High Line Park que é um parque tipo assim como se pegássemos o Metrorec e plantássemos uns coqueiros ali na estação Timbi. Feito sob uma antiga linha de trem, o parque é super agradável. Caminhamos por toda a extensão do parque. Muito legal o passeio. Descemos e fomos passear pelas ruas do Chelsea e Meatpacking District até chegar ao Chelsea Market, o mercado público hipster com várias opções de restaurantes. Almoçamos no Los Tacos No 1 que, como o nome já diz, serve a famosa iguaria mexicana. Uma enorme fila aponta onde ele fica. É realmente muito bom. Pra quem gosta de refrigerante, eles servem uns bem exóticos por lá. No Chelsea ainda tem várias opções de frutos do mar e a famosa lagosta no aquário, feita na hora.

Após o almoço fomos caminhando até Union Square que é um parque bem legal por ali. Fizemos hora pra jantarmos na Pizzaria Otto, uma das casas do Mário Battali, um dos donos do Eataly. A pizza com trufas e um ovo por cima estava muito boa.

Dia 3: Central Park e SoHo

Dia de muito sol pede um passeio pelo Parque de Santana novaiorquino. Aproveitamos pra descer do metrô algumas ruas acima do parque para caminhar por toda a parte norte que ainda não conhecíamos. A parte norte é muito linda, assim como todo o parque. No meio da caminhada achamos um lago onde as pessoas brincam com veleiros de controle remoto e tem um bar ao lado. Parada para um chopp e um descanso ao som de uma dupla de violinistas.

O almoço esse dia foi no Carbone. Comi um Veal Parm, que é um parmegiana de vitelo, simplesmente fantástico. É bem grande e dá pra dividir sem bronca. Eu não dividi porque não queria que o garçom achasse que a gente era liso. Mas fiquei super cheio.

Para digerir o famigerado, caminhamos pelo SoHo até a sorveteria Grom, considerada uma das melhores do mundo. Ela fica na Rua Bleecker, uma rua com muitos restaurantes, lojinhas, etc. O sorvete é realmente top de linha.

Fomos caminhando até o Washington Square Park. O calor estava muito grande e o pessoal estava na grama tomando sol. Topless era bóia. Até na fonte uma turma muito doida entrou pra tomar banho. Caminhamos até a Union Square e depois fomos a Marshals fazer algumas compras.

O jantar desse dia foi especial. Junto com os amigos Gustavo Foz e Patrícia Abdalla, fomos ao Morimoto, restaurante japonês onde comemos o melhor tuna tartare do universo e tomamos duas garrafas dos melhores sakês da casa. A casa é bem style e bem cara. Também, com duas garrafas de saquê... saí bebo e liso de lá.


Dia 4: Guggenheim e Upper East Side


O café da manhã nesse dia foi na Europain, perto do hotel. Bem normal. Não recomendo. Subimos até a 86th de metrô e atravessamos o Central Park até o Museu Guggenheim. O museu é lindo com uma arquitetura bem diferente, no entanto, as exposições que lá estavam não me empolgaram. O museu é bem pequeno e dá pra ser feito em 2h no máximo se você não ficar "contemplando" os quadros.

Passeamos pelo Upper East Side, local considerado dos mais chiques da cidade. Todos os novos ricos moram por ali. Muitas lojas de grife pelas ruas e ao longo da Madison Avenue. Fiz uma paradinha na loja de chocolates Godiva para um espetinho de frutas com a calda do mais cobiçado chocolate belga. Bombagarai!. Almoçamos um legítimo hot-dog americano na famosa Papaya King, uma das lanchonetes mais antigas da cidade. O cachorro quente é bem bom.

Descemos até a Time Square para jantarmos no Hard Rock Café, local que nunca deixamos de ir por conta dos nachos maravilhosos que sempre comemos por lá.

Dia 5: Museu 9/11

Tomamos café no La Pain Quotidien, padaria queridinha com coisas leves e orgânicas que já tem até filial em SP. A comida é muito boa e vale a pena a visita. O destino da manhã era o Museu 9/11. Construido sob as torres gêmeas o museu é simplesmente fantástico. Conta com detalhes a história dos atentados, das pessoas que morreram, etc. De arrepiar. Compramos o ingresso pela internet o que facilitou muito a entrada pois estava muito lotado.

Encontramos mais um vez o casal amigo Gustavo e Patrícia para o almoço no Balthazar. Tínhamos tomado café lá. na primeira vez que tivemos em NY. O café é fantástico e o almoço não deixa nada a desejar. Comi escargot e outras iguarias por lá. Estava divino tudo que comemos. E lotadíssimo como sempre. Vale muito ir e é bom reservar.

Após o almoço, fizemos umas compras na Century 21th e fomos jantar no hotel. Só o pito.

Dia 6: Financial District, Pier e Broadway

Fomos passear no Battery Park que fica bem ao sul da ilha. A vista do rio Hudson é bem legal e dá pra ver a Estátua da Liberdade de lá. Caminhamos até o distrito financeiro onde ficam a bolsa de NY e Wall Street. Descemos pela South Street até o pier que foi todo reformado e está muito legal. As reformas ainda não tinham sido finalizadas totalmente mas já dá pra aproveitar algumas coisas. Quando ficar pronto vai ser um local fantástico pra tomar uma bicada.

Fomos almoçar no Eataly (já falei dele no primeiro post). Sempre vale a pena voltar lá. O lugar é realmente o pipoco.

Subimos a 5th até o Rockefeller Center que, no verão, foi transformado em uma praça com vários bares e restaurantes ao ar livre. Estava muito agradável e paramos lá pra tomar um vinho branco gelado e refrescar o peritônio.

A noite fomos assistir a peça Rocky na Broadway. É baseada no filme homônimo. A peça é muito boa e o ator é 100 vezes melhor que o Stallone. Vale muito a pena.

O jantar foi na hamburgueria Five Napkin Burger. Comi um hamburger que estava divino.

Dia 7: Empire State e MoMa

Fomos pela manhã na BH Foto & Video, a maior loja de eletrônicos em linha reta do mundo, para eu comprar uma vitrola para os meus vinis. Deixamos a belíssima aquisição no hotel e fomos comer um Taco no Taco Bell, restaurante preferido de toda uma vida da minha digníssima esposa Fernanda. É meio maloqueiro, mas que é bom é...

Decidimos subir no Empire State já que não tinhamos feito isso na primeira viagem. A experiência é legal e a vista também, mas se for pra escolher entre ele e o Top of the Rock, fico com o segundo.

Caminhamos até o Bryant Park. Foi o parque mais bacana e alto astral que fomos na viagem. Muito lotado e com um restaurante e bar logo acima. Dá pra ficar por lá tomando uma por várias horas. Decidimos ir ao MoMa já que era uma sexta, o dia que o museu é de graça a partir das 16h. O Museu é fantástico. O melhor que achei de todos que fomos. Encontrei até André Balai por lá estudando a história do título de 1987 nos livros da biblioteca.

Almoçamos no Bice que atualmente mudou de nome e está sob outra adminstração. A comida estava ótima. Já era bem tarde e resolvemos tentar ir a um Rooftop chamado Heaven. Eu estava de bermuda e fui barrado. Voltamos pro hotel e ficamos com preguiça de sair.

Dia 8: Williamsburg e Dumbo

Voltamos ao Pier 11 para tomarmos o ferry para o Brooklyn. No caminho entre a estação de metrô e o Pier passamos por uns locais bem legais na South Street com vários containers com lojinhas e bares. Muito massa.

Atravessamos o Rio Hudson de Ferry e descemos em Williamsburg, local queridinho do Brooklyn onde estão todos os descolados, hipsters e maconheiros de NY. O destino era a feirinha gastronômica de Smogasburg. Um local ao ar livre onde são montadas barracas vendendo todo tipo de comida de rua. É fudeno. Comemos o famoso hamburguer de miojo que estava ultramega bom. A feira vale muuuuito a visita.

Fomos caminhando até a Bedford Street, a rua mais famosa do bairro com lojas, feirinhas, bares, restaurantes, etc. A programação era almoçar no Peter Luger mas ao chegar lá a fila de espera estava em mais de 2h. Tentamos ir no River Café mas já tinha fechado o almoço. Acabamos comendo um hot-dog meia bomba na rua mesmo.

No final da tarde fomos ao Prospect Park que fica mais a sul do Brooklyn encontrar o casal amigo Marcelo e Tati que moram por ali. Fizemos um passeio legal com eles e acabamos a noite (e a viagem) jantando no Piccolo, um restaurante super simpático e agradável nas redondezas.

Foi nosso último dia nessa maravilha que é NY. 

Fotos:

Veja as fotos da viagem

Mapa:

Segue o mapa com todos os pontos de interesse que marcamos.